Verve curte: Omar Salomão

À DERIVA

Em pleno alto mar
Perco-me de vista

Velas hasteadas,
Mapa, bússola, astrolábio e radar
Aguardo por alísios ventos
Que me levem para longe
Que me ponham a navegar

Saio à caça de algo
Um arpão vara o céu
Em meio ao nevoeiro
Não encontro garrafas, barcos ou camaradas

Deitado na rede
Uma voz grave me sussurra histórias de Iemanjá

Miro o céu sem estrelas
E peço por alguém que me dê
um sopro de ar.

(poema de Omar Salomão)

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